Biblioteca Nacional da África do Sul

National Library of South Africa
Biblioteca Nacional da África do Sul
Biblioteca Nacional da África do Sul
Campus Cidade do Cabo
País África do Sul
Tipo Biblioteca nacional
Estabelecida 01 de novembro de 1999 (24 anos)
Localização Cidade do Cabo

Pretória

Coordenadas 33° 55′ 31,1″ S, 18° 25′ 07,3″ L
Outras informações
Diretor(a) Refiloe Mabaso

A Biblioteca Nacional da África do Sul (em inglêsː National Library of South Africa) é um órgão estatutário que tem como função preservar, ampliar e promover o acesso ao patrimônio documental da África do Sul. A biblioteca foi fundada em 1999, unindo a antiga Biblioteca Estadual em Pretória com a antiga Biblioteca Publica Sul-Africana na Cidade do Cabo.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Em 1818, a Biblioteca Sul-Africana na Cidade do Cabo foi fundada pelo governo colonial britânico, com o colono holandês Johann von Dessin doando uma coleção com 4.500 volumes de temas variados como teologia, direito, medicina, filosofia, matemática, história natural, geografia e filosofia. Em 1822, tornou-se uma biblioteca pública, sendo financiada pela taxação do vinho. No ano de 1829, a biblioteca parou de ser financiada pelo governo colonial e passou a ser uma biblioteca de assinatura autônoma.[1][2][3]

No ano de 1887, a Biblioteca Estadual em Pretória foi fundada, com a doação de livros feita pela Holanda. Era financiada através das Instituições de Apoio ao Estado.[1][4]

As bibliotecas eram focadas nas culturas dos países colonizadores, Holanda e Reino Unido; e as funções e restrições de acesso as bibliotecas modificavam com os sucessivos governos, até o ano de 1994. Com a democracia da África do Sul restabelecida em 1994, as funções e o acesso às bibliotecas foram modificadas. Alguns anos antes de se tornarem a Biblioteca Nacional, ambas as bibliotecas estavam em declínio.[1][3][4]

Em 1 de novembro de 1999, a Biblioteca Nacional da África do Sul foi fundada, com a junção da Biblioteca Publica Sul-Africana na Cidade do Cabo com a Biblioteca Estatal em Pretória, sob a Lei Nacional de Bibliotecas de 1998.[1]

Acervo[editar | editar código-fonte]

As coleções são captadas através de depósito legal, compras e doações. No acervo contém manuscritos raros, livros publicados na África do Sul, periódicos, documentos governamentais, publicações oficiais nacionais e estrangeiras, mapas, relatórios técnicos africanos, jornais, fotografias, pinturas e outras obras de arte. Os documentos estão acessíveis em formato digital, online, CD e microfilmes.[5][6]

A biblioteca abriga a Coleção Grey, que é composta por 132 manuscritos medievais e renascentistas, que pertenciam a Sir George Grey, governador colonial da África do Sul. Os manuscritos estão microfilmados e estão em Inglês, latim, holandês, italiano, persa, francês, alemão, grego, hebraico e ge'ez. Também abriga, em seu acervo, a coleção de Johann Nicolaus von Dessin; a Coleção Dessiniana; a Coleção Fairbridge, que é composta por 7.000 livros de temas variados, adquiridos por Sir Abe Bailey para a biblioteca. A coleção Bleek, com os desenhos !Kung; e os manuscritos de pessoais de Jan Hendrik Hofmeyer, John X. Merriman, J.C Molteno, W.P Schreiner, Olive Schreiner, Clare Goodlatte, C.P. Hoogenhout, C. Louis Leipoldt, Ruth Prowse e John Knox Bokwe.[2][6][7]

Pela legislação do depósito legal, cópias de todos os periódicos e jornais publicados atualmente na África do Sul são mantidos na biblioteca. Na coleção de periódicos antigos está o primeiro jornal sul-africano, o Cape Town Gazette and African Advertiser de 1800; também se encontra o jornal sul-africano Commercial Advertiser de 1824; o Gentleman's Magazine de 1731 a 1907; o Philosophical Transactions of the Royal Society of London de 1655 a 1950; e a Curtis’s Botanical Magazine de 1787.[6]

As publicações do governo sul-africano são recebidas na biblioteca, em sua maioria, por depósito legal. Na coleção de publicações antigas, está as publicações histórias de Transvaal, Natal, Estado Livre de Orange e Sudoeste da África (atual Namíbia). Das publicações governamentais da África Austral, inclui as de Rodésia (atual Zimbabwe), Botswana, Lesoto, Suazilândia, Zâmbia e Malawi. Também inclui documentos parlamentares britânicos referentes a África Austral. Das publicações oficiais estrangeiras, a biblioteca possui publicações da Liga das Nações de 1920 a 1946; publicações das Nações Unidas; do Banco Mundial; publicações oficiais da Austrália, Bélgica, Canadá e Alemanha; e publicações governamentais federal dos Estados Unidos.[6]

Por depósito legal, a biblioteca possui cópias de mapas sul-africanos atualizados. Dos mapas e Atlas, o mais antigo é a edição do Mercator’s Atlas sive Cosmographicae meditationes de fabrica mundi et fabricati figura, de 1619. Também consta duas cópias do Blaeu Atlas, uma delas em cores, de 1664 e 1665; um mapa produzido pelo British War Office durante a Guerra Anglo-Boer.[6]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e Ralebipi-Simela, Rocky. (4 de agosto de 2015). Strategic positioning of the National Library of South Africa (NLSA) as a change agent in social cohesion and nation building. (em inglês). IFLA WLIC Cape Town 2015.
  2. a b «The National Library of South Africa is founded». South African History Online. Consultado em 19 de dezembro de 2022 
  3. a b Coates, Peter Ralph (2015). «The South African Library as a state-aided national library in the era of apartheid : an administrative history». University of Cape Town. Consultado em 21 de dezembro de 2022 
  4. a b Hadley, Anne T. (1968). «The State Library, Pretoria». The Journal of Library History (1966-1972) (3): 250–256. ISSN 0022-2259. Consultado em 21 de dezembro de 2022 
  5. Nuqer, Dnein (12 de fevereiro de 2018). «National Library of South Africa». The African Business Journal (em inglês). Consultado em 20 de dezembro de 2022 
  6. a b c d e Ritchie, Gabrielle (2002). The culture of collecting: the National Library as a memory institution . Historia, 47(2), November 2002, pp. 511-30.
  7. «Grey Collection (National Library of South Africa)». Hill Museum and Manuscript Library. Saint John's University. (em inglês). Consultado em 19 de dezembro de 2022