Batalha de Casilino (214 a.C.)

 Nota: Para outros significados, veja Batalha de Casilino.
Batalha de Casilino
Segunda Guerra Púnica

Campanha de Aníbal em 214 a.C.
Data 214 a.C.
Local Casilino, Campânia
Coordenadas 41° 6' 33.84" N 14° 12' 32.76" E
Desfecho Vitória romana
Beligerantes
República Romana República Romana Cartago Cartago
Comandantes
República Romana Quinto Fábio Máximo
República Romana Marco Cláudio Marcelo
Cartago Estácio Mécio
Forças
47 000 2 700
Baixas
2 650
Casilino está localizado em: Itália
Casilino
Localização de Casilino no que é hoje a Itália

A Batalha de Casilino, conhecida como Segunda Batalha de Casilino, foi uma batalha travada entre o exército cartaginês e o exército romano em 214 a.C. durante a Segunda Guerra Púnica nas imediações da cidade de Casilino, na Campânia.

Introdução[editar | editar código-fonte]

Depois de dois anos do desastre da Batalha de Canas, Roma havia conseguido reconstruir seus exércitos e, pouco a pouco, começava a reconquistar as localidades que haviam debandando para o lado cartaginês. A campanha de 214 a.C. foi liderada por Marco Cláudio Marcelo e Fábio Máximo, que recrutaram seis legiões adicionais com as que conseguiu elevar a cinco o número de exércitos no sul da península Itálica (Lucânia, Apúlia, Salentino e dois na Campânia).

A cidade de Casilino, que ficava às margens do rio Volturno e abria o caminho da Campânia ao Campo Falerno, estava em mãos cartaginesas desde o começo de 215 a.C. e que contava com uma forte guarnição de 2 000 campânios e 700 cartagineses[1].

Acontecimentos prévios[editar | editar código-fonte]

Marcelo se encontrava com seu exército consular em Nola, onde havia conseguido rechaçar Aníbal antes na 3ª batalha de Nola, o que fez com que ele mudasse seu teatro de operações para abandonar a Campânia na direção de Salentino. Enquanto isto, Fábio Máximo se concentrou na região da Campânia fronteiriça com o Sâmnio caudino e com o Lácio.

Cerco de Casilino[editar | editar código-fonte]

Sem a presença de Aníbal na Campânia, Fábio decidiu atacar Casilino com seu exército[2]. Ele acampou nos arredores da cidade e iniciou suas atividades de cerco[1]. Diante da dificuldade e da acirrada defesa da guarnição de Casilino, além do risco de ser atacado de seu acampamento a partir de Cápua pelo exército que os campânios estavam recrutando entre plebeus e escravos[3], Fábio Máximo indicou a Marcelo que deixasse uma forte guarnição em Nola e acudisse com o resto de seus homens a colaborar cobrindo seu flanco[4]. Dado que os sucessivos assaltos à cidade foram rechaçados sucessivas vezes, Fábio sugeriu levantar o cerco, mas Marcelo o convenceu a perseverar[5]. Finalmente, a paciência deu frutos e Fábio Máximo conseguiu a rendição da cidade de seus nobres. Quando estavam saindo por uma das portas os rendidos, Marcelo ordenou que seus homens atacassem, o que provocou um massacre do qual somente se salvaram os cinquenta que já haviam chegado até a posição de Fábio, que foram escoltados até Cápua. O resto foi morto ou aprisionado.

Acontecimentos posteriores[editar | editar código-fonte]

Depois de tomar controle da cidade, Fábio prosseguiu com uma brilhante campanha que lhe permitiu recuperar o controle de numerosas localidades no Sâmnio caudino e no norte da Apúlia, enquanto Marcelo levou seu exército consular para a Sicília para dar a resposta à deserção do Reino de Siracusa, que passou a apoiar os cartagineses, começando uma campanha na ilha que duraria quatro anos. Enquanto isto, o procônsul Tibério Semprônio Graco, continuava seguindo os movimentos de Aníbal na Lucânia e na Apúlia.

Referências

  1. a b Lívio, Ab Urbe Condita XXIV, 19, 1
  2. Lívio, Ab Urbe Condita XXIV, 14, 1
  3. Lívio, Ab Urbe Condita XXIV, 19, 2
  4. Lívio, Ab Urbe Condita XXIV, 19, 5
  5. Lívio, Ab Urbe Condita XXIV, 19, 6-7

Bibliografia[editar | editar código-fonte]