Barrerito

Barrerito
Barrerito
Informação geral
Nome completo Élcio Neves Borges
Também conhecido(a) como O Cantor das Andorinhas
Nascimento 22 de outubro de 1942
Local de nascimento São Fidélis, RJ
Morte 12 de agosto de 1998 (55 anos)
Local de morte Belo Horizonte, MG
Nacionalidade brasileiro
Gênero(s) Sertanejo
Ocupação(ões) cantor e compositor
Período em atividade 1960–1998
Outras ocupações violonista e violeiro
Gravadora(s) Copacabana, RGE
Afiliação(ões) Trio Parada Dura e Trio Alto Astral

Élcio Neves Borges, mais conhecido como Barrerito (São Fidélis, 22 de outubro de 1942Belo Horizonte, 12 de agosto de 1998),[1] foi um cantor brasileiro de música sertaneja, que ganhou destaque por integrar a segunda formação do Trio Parada Dura.

É irmão de Parrerito, também falecido.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Cantor, violonista e violeiro, Élcio iniciou sua carreira na década de 1960, fazendo dupla com Flor da Índia, Baianito, Criolo e Creone, este último com quem formou o conjunto sertanejo Trio Parada Dura a partir de 1976, ao lado de Mangabinha.

Em 6 de setembro de 1982, um acidente de avião na cidade de Espírito Santo do Pinhal, interior do estado de São Paulo, deixou Barrerito paraplégico. Seu irmão, Parrerito, assumiu o lugar no trio durante o período em que esteve ausente e, posteriormente, em 1987. O cantor contou em entrevistas posteriores, não era mais aceito entre seus pares.[2]

Iniciou carreira solo como o "Cantor das Andorinhas", em 1987, quando gravou seu primeiro LP, chamado Onde Estão Os Meus Passos, pela Copacabana, com destaque para a faixa-título, em parceria com Carlos Randall e Nilza Carvalho.

Barrerito gravou 9 LP's pelos selos Copacabana e RGE. Ganhou dezenove discos de ouro e oito de platina, sempre com a ajuda de Nilza Carvalho, com quem viveu maritalmente até 1990.

Era o único artista que gravava um LP em apenas 24 horas, o que causava surpresa nos técnicos da gravadora.[3] Apesar de ser paraplégico, o cantor era muito vaidoso: usava anéis e colares de ouro, além de cortes de cabelo incomuns. Em 1991, chegou a ser detido por ter atirado para o alto, assustando um frentista, que riu de sua aparência.[4]

No ano de 1998, Barrerito fundou o Trio Alto Astral, juntamente com Voninho e Creone, com quem voltou a formar uma dupla sertaneja. Chegaram a lançar um CD, intitulado Dor de Cotovelo, e a fazer aparições em alguns programas de TV, mas o trio não durou, pois Barrerito acabou falecendo neste mesmo ano, vítima de um infarto, aos 55 anos.

Em 2017, a gravadora Águia Music lançou o CD intitulado Barrerito Eternamente um Ídolo, composto por músicas inéditas resgatadas de uma fita K7, nesse CD consta duas músicas de Nilza Carvalho ("Grito de Alerta" e "Velho Macho").

Em 2019, seu filho, também cantor, Barrerito Jr. lançou turnê nacional “Tal pai, tal filho” em homenagem ao seu pai. O cantor também é pai do cantor gospel Barrenito Barbosa que junto com Zé Hilton formou a dupla gospel Os Parada Firme em Jesus.[5][6]

Discografia[editar | editar código-fonte]

Solo[editar | editar código-fonte]

  • Onde Estão os Meus Passos (1987)
  • Tá do Jeito Que Eu Queria (1989)
  • Artista do Povo (1989)
  • Momentos de Amor (1990)
  • O Show Precisa Prosseguir (1991)
  • Bolero da Saudade (1992)
  • Noite de Plantão (1993)
  • Lembranças (1995)
  • O Filho do Mundo (1996)
  • Barrerito Eternamente um Ídolo (2017)

Músicas de sucesso[editar | editar código-fonte]

  • "Onde Estão os Meus Passos" (1987)
  • "Morto por Dentro" (1987)
  • "O Cantor das Andorinhas" (1987)
  • "A Dama do Vestido Longo" (1987)
  • "Filha da Vizinha" (1987)
  • "Cadeira Amiga" (1989)
  • "Vestido Colado" (1989)
  • "O Filho do Carreteiro" (1989)
  • "Amaremos" (1989)
  • "Prisioneiro do Destino" (1989)
  • "Artista do Povo" (1989)
  • "O Menino da Canoa" (1989)
  • "Essa Noite" (1990)
  • "Cigarro, Whisky e Gelo" (1990)
  • "Disque o 9" (1991)
  • "O Show Precisa Prosseguir"(1991)
  • "As Andorinhas" (1991)
  • "Nossa Canção de Amor" (1991) (part. Teodoro)
  • "Bailando" (1992)
  • "Bolero da Saudade" (1992)
  • "Fé em Deus" (1992)
  • "Eu Quero Te Fazer Amor" (1993)
  • "Noite de Plantão" (1993)
  • "Andorinha Mensageira" (1995)
  • "Bandida" (1995)
  • "Hipocrisia" (1995)
  • "A Dor do Adeus" (1995)
  • "Avião Assassino" (1996)
  • "Gigante de Ferro (Caminhão, Paixão e Saudade)" (1996)
  • "O Gaiteiro Amigo" (1996)

Referências

  1. «A história de Barrerito». vozeviola.com.br. Consultado em 13 de abril de 2014 
  2. «Opinião - Gustavo Alonso: Depressão entre sertanejos ainda é tratada como sofrência em suas músicas». Folha de S.Paulo. 4 de fevereiro de 2022. Consultado em 27 de março de 2022 
  3. Revista Sertão Brasil, LPS de acervo particular
  4. «BARRERITO - CANTOR - 55 ANOS - (TRIO PARADA DURA) - 22-10-1942 - SÃO FIDELIS - RJ - 12-08-1998 - BELO HORIZONTE - MG - LIBRA». Recanto das Letras. Consultado em 24 de junho de 2019 
  5. «Show Barrerito Jr. lança turnê nacional Tal pai, tal filho». Agenda BH. 6 de dezembro de 2019. Consultado em 27 de março de 2022 
  6. «Barrerito Jr. apresenta o show "Tal pai, tal filho" em live, nesta quinta-feira, no YouTube». www.uai.com.br. Consultado em 27 de março de 2022