Bakla

Parada LGBT das Filipinas em 2019

Nas Filipinas, um baklâ, bayot (Cebuano) ou agi (Hiligaynon) é uma pessoa que foi designada como homem ao nascer, mas geralmente adota uma expressão de gênero feminina e se veste como mulheres.[1] São frequentemente pessoas consideradas de terceiro gênero.[2] Muitas baklas são pessoas atraídas exclusivamente por homens, mas não são necessariamente gays.[3] O termo é erroneamente aplicado a mulheres trans.

Baklas são social e economicamente integradas à sociedade filipina, tendo sido aceitas pela sociedade antes da colonização ocidental, muitos dos quais eram respeitados e desempenhavam o papel de líderes espirituais conhecidos como babaylan, katalonan e outros xamãs nas Filipinas pré-coloniais. No entanto, um grupo minoritário de filipinos desaprova ou rejeita os baklas, geralmente por motivos religiosos impostos pelas religiões da época colonial e de inspiração colonial. Um estereótipo comum imputado às baklas é o da parlorista - cross-dressers extravagantes e camp que trabalham em salões de beleza; na realidade, a bakla prospera em vários setores da sociedade, dos níveis mais baixo aos mais altos.[4]

Gênero[editar | editar código-fonte]

As baklas geralmente se vestem e agem como mulheres, deixam seus cabelos crescer, têm implantes mamários, tomam pílulas hormonais e fazem outras mudanças para parecer mais femininas. Algumas também são submetidas a cirurgia de redesignação sexual, mas isso é incomum.[5]

Baklâ é frequentemente considerado um terceiro gênero.[2] J. Neil C. García lembra uma rima infantil que começa listando quatro gêneros distintos: "menina, menino, baklâ, moleca"[5] (nas Filipinas, moleca ou bofinha (tomboy) se refere explicitamente a uma lésbica).

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Survival Through Pluralism: Emerging Gay Communities in the Philippines». Journal of Homosexuality. 40. PMID 11386330. doi:10.1300/j082v40n03_07 
  2. a b Aggleton, Peter. Men who sell sex: international perspectives on male prostitution and HIV/AIDS. [S.l.: s.n.] ISBN 1-56639-669-7 
  3. «Being 'bakla' is NOT the same as being gay» 
  4. «The Haunting of Gay Manila: Global Space-Time and the specter of Kabaklaan». GLQ: A Journal of Lesbian and Gay Studies. 14. doi:10.1215/10642684-2007-035 
  5. a b «Performativity, the bakla and the orienting gaze». Inter-Asia Cultural Studies. 1. doi:10.1080/14649370050141140 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]