Baía de Luanda

Baía de Luanda
Baía de Luanda
Imagem de satélite de Luanda, em 2005. Ao centro vê-se a baía protegida, à esquerda, pela longa península denominada Ilha de Luanda
Localização Província de Luanda, Angola
Oceanos Atlântico
Vista de Luanda desde a baía, em 2008.

A Baía de Luanda é um acidente geográfico do tipo baía, localizado em frente à cidade de Luanda, capital de Angola. Em frente à baía localizam-se vários monumentos de grande valor histórico, como o edifício do Banco de Angola e a Igreja de Nossa Senhora da Nazaré.[1]

A baía compreende toda massa d'água entre a ponta das Lagostas (norte) e a ponta da Ilha de Luanda (sudoeste).

Histórico[editar | editar código-fonte]

A baía, cujas águas são protegidas pela Ilha de Luanda, foi o lugar de fundação da cidade por Paulo Dias de Novais em 1575/1576.[1][2] Junto à baía foi erguida em tempos coloniais a Cidade Baixa, onde se instalou a maior parte da população, enquanto que a Cidade Alta era administrativa e militar.[1]

A baía de Luanda era uma imensa baía que se estendida logo após a enseada do Cacuaco até a zona da Corimba, nas proximidades do rio Vala da Samba, separada do oceano Atlântico por outro imenso acidente geográfico, a ilha de Luanda. Essa configuração geográfica durou até a primeira metade do século XX, quando o canal natural que formava a grande baía de Luanda foi terraplanado para a construção de uma passagem da avenida 4 de Fevereiro. Assim, a avenida separou a porção norte da porção sul da baía de Luanda, formando um novo acidente geográfico, que recebeu o nome de baía da Samba, mas com características de estuário. A porção sul da ilha de Luanda virou a ponta da Chicala, uma nova península.[3]

Projeto de requalificação[editar | editar código-fonte]

A Avenida 4 de Fevereiro, ou Avenida Marginal, segue o contorno da baía e foi alvo de uma requalificação, inaugurada em 2012.[4][5] Este projecto levado a cabo pelo atelier de arquitectura Costa Lopes (com o atelier de arquitectura paisagista Landplan),[6][7] conta com cerca de 3 500 m de extensão e 510 000 de espaço de intervenção em novos aterros, o antigo passeio marítimo é agora um grande parque urbano.[8] Além de novas infraestruturas, compreende estrutura verde com arborização, percursos pedonais e ciclovias, e um conjunto de espaços que estabelecem ligação com o sistema espacial público da cidade. [9]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c Isabel Martins, José Manuel Fernandes, Manuel Correia Fernandes. Luanda no sítio do Património de Influência Portuguesa da Fundação Gulbenkian
  2. «Conheça Angola - Província de Luanda». O País. Consultado em 13 de agosto de 2010. Arquivado do original em 8 de novembro de 2013 
  3. Amaral, llídio do. Luanda e os seus dois arcos complexos de vulnerabilidade e risco: o das restingas longas e ilhas baixas e o das escarpas abarrocadas. Lisboa: Revista Territorium, setembro de 2002.
  4. «Turismo» [ligação inativa]
  5. «Inaugurada nova marginal da baía de Luanda». Expresso. 29 de agosto de 2012 
  6. «COSTALOPES | Luanda | Arquitectos». COSTALOPES | Luanda | Arquitectos. Consultado em 1 de setembro de 2017 
  7. «Requalificação da Marginal de Luanda». Landplan.pt. 17 de janeiro de 2019 
  8. «COSTALOPES & landplan revitalize luanda bay waterfront in angola». designboom | architecture & design magazine (em inglês). 8 de março de 2016 
  9. «Costa Lopes Luanda Angola Architects». www.portuguese-architects.com. Consultado em 1 de setembro de 2017