Antônio de Siqueira Campos

Antônio de Siqueira Campos
Antônio de Siqueira Campos
Nascimento 1898
Rio Claro
Morte 10 de maio de 1930
Cidadania Brasil
Ocupação político, militar

Antônio de Siqueira Campos (Rio Claro, 18 de maio de 1898Uruguai, 10 de maio de 1930)[1] foi um militar e político brasileiro. Participou do movimento tenentista e da Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, em julho de 1922. Foi um dos militares que marcharam na Avenida Atlântica, na orla marítima de Copacabana, em direção a cerca de 3.000 soldados legalistas e que, após intenso tiroteio em um combate totalmente desigual (18 revoltosos contra 3000 soldados do governo), acabaram sendo derrotados em frente à Rua Barroso, na altura do Posto 3 de Copacabana.

A maioria dos revoltosos morreu, somente sobrevivendo os tenentes Siqueira Campos e Eduardo Gomes e alguns praças.

Posteriormente, a Rua Barroso, onde ocorreu o confronto final da Revolta dos 18 do Forte, foi rebatizada com o nome de Rua Siqueira Campos, como é conhecida atualmente. Na esquina desta Rua com a Avenida Atlântica, foi erigida uma enorme estátua representando o Tenente Siqueira Campos no momento em que recebeu o tiro que o derrotou no confronto.

Na capital de São Paulo, seu nome batiza o Parque Tenente Siqueira Campos, mais conhecido como "Parque Trianon" ou "Parque do Trianon". Também o nome de Siqueira Campos foi dado a chamada Praça do Relógio, construída em 1930, localizada no município de Belém do Pará, Brasil. Consiste de quatro luminárias em um relógio central importado da Inglaterra à época de sua construção. Em Pouso Alegre, Minas Gerais, o estádio do 14º Grupo de Artilharia de Campanha (14º GAC) recebe o nome de Estádio Siqueira Campos.

No Paraná, seu nome batizou uma cidade no Nordeste do Estado, no ano de 1920, por ocasião da emancipação política daquele município.

Siqueira Campos participou com a Revolta do Forte de Copacabana do início do chamado Movimento Tenentista, que visava romper os vícios da política brasileira da época, em que grupos elitistas se perpetuavam no poder. Após período de exílio, o tenente Siqueira Campos participou ativamente, como um dos seus principais líderes, da famosa Coluna Prestes-Miguel Costa. Durante mais de três anos a Coluna percorreu o interior do Brasil do Sul ao Nordeste no prosseguimento da luta para derrubar a República Velha, que viria a cair em outubro de 1930 com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder.

Estátua de Siqueira Campos na Praia de Copacabana

O tenente Siqueira Campos morreu em um acidente aéreo, quando retornava do Uruguai ao Brasil, em maio de 1930, antes da Revolução de 1930, quando a aeronave em que estava caiu no rio da Prata. Segundo Alzira Vargas, sua viagem tinha como objetivo dissuadir Luís Carlos Prestes do seu propósito de aderir publicamente ao comunismo, sendo Siqueira Campos "o único com ascendência sobre Prestes, capaz de o demover".[2] Dizia ele: "À Pátria tudo se deve dar, sem nada exigir em troca, nem mesmo compreensão".

Referências

  1. LACLETTE, Jorge (s/d). «Campos, Siqueira» (PDF). CPDOC (FGV). Consultado em 13 de abril de 2016 
  2. Vargas, Alzira (1960). Getúlio Vargas, meu pai. [S.l.]: Editora Globo. pp. 55–56 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Fundação Getulio Vargas (ver esta página para mais informações). «Siqueira Campos». CD-ROM "A Era Vargas - 1º tempo - dos anos 1920 a 1945". 1997. Consultado em 5 de Dezembro de 2008. Arquivado do original em 1 de março de 2009 

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