Andreas Hofer

Andreas Hofer
Andreas Hofer
Pintura póstuma de Andreas Hofer.
Nome completo Andreas Hofer
Nascimento 22 de novembro de 1767
St.Leonhard in Passeier, hoje Itália
Morte 20 de fevereiro de 1810 (42 anos)
Mântua, Itália
Residência Casa em San Leonardo in Passiria durante boa parte da vida.
Nacionalidade Império de Habsburgo
(hoje Itália)
Ocupação Taberneiro e patriota tirolês

Andreas Hofer (St. Leonhard in Passeier, 22 de novembro de 1767Mântua, 20 de fevereiro de 1810) foi um patriota austríaco.

Filho de Josek Hofer e Maria Aigentler, Andreas era o único filho homem e o mais novo de uma família de seis filhos. Quando tinha apenas três anos, faleceu sua mãe e, com seis anos, faleceu também seu pai. O jovem foi criado por sua irmã mais velha, Anna Hofer, e pelo cunhado Josef Grüner.

Após concluir os estudos primários (obrigatórios na Áustria desde o reinado de Maria Teresa), Andreas Hofer foi enviado pela irmã ao Tirol italiano (atual província de Trento), onde aprendeu a língua italiana e o ofício de taberneiro. Após esse período, retornou para a propriedade familiar, onde seguiu a profissão do pai e do avô.

Seu alistamento no corpo voluntário de atiradores (Schützen) seria posteriormente um "divisor de águas" em sua vida. Em poucos anos, tornou-se comandante e chegou a defender o Tirol das primeiras tropas francesas.

Católico fervoroso e dotado de liderança, Andreas Hofer tornou-se um herói da resistência tirolesa e austríaca contra Napoleão.[1]

Em 1802, as tropas francesas de Napoleão Bonaparte invadem o Império Austríaco, obrigando o imperador Francisco I a abdicar da coroa do Sacro Império Romano-Germânico. O Tirol é invadido através da região trentina e, posteriormente, pelo norte, através da Baviera (aliada de Napoleão). A fortificada Trento não resiste e é invadida e seu príncipe bispo, Pietro Virgilio Thun, foge para o exílio.

A casa de Andreas Hofer em Sankt Leonhard, onde nasceu e viveu
Monumento Andreas Hofer em Bergisel, Innsbruck

As novas ideias advindas do iluminismo francês descontentaram a população tirolesa, que pegou em armas para combater as tropas napoleônicas formadas por franceses, alemães (bávaros e saxões) e italianos. Após a invasão de sua propriedade por soldados bávaros, Andreas Hofer organizou seu próprio grupo de atiradores voluntários, que posteriormente se juntou aos vários já formados em todo o Tirol. Essas pequenas guerrilhas locais se uniram a partir de 1807, tendo Hofer como um de seus líderes, juntamente com Josef Speckbacher, Peter Mayr, Bernardino Dal Ponte, entre outros.

Andreas Hofer liderou, a partir de 1809, o grande levante popular que, mesmo sem a prometida ajuda do imperador austríaco, por várias vezes defendeu o Tirol do exército napoleônico. Durante a libertação da cidade de Trento, Andreas Hofer foi recebido com júbilo pela população local. Contudo, após a derradeira batalha de Bergisel, nos arredores de Innsbruck (que marcou a queda do "invencível" general francês), os tiroleses perderam batalhas sucessivamente e Hofer foi capturado, sofrendo o fuzilamento em Mântua a pedido pessoal de Napoleão.

O Tirol foi dividido e o território de Trento passou para o controle do Reino napoleônico da Itália, sendo chamado Dipartamento dell'Alto Adige, enquanto a parte norte passou para o controle do Reino da Baviera com o nome de Südbayern (Baviera do Sul). Durante esse período, houve consideráveis modificações no sistema administrativo da cidade de Trento e uma primeira tentativa de italianização dos sobrenomes de origem alemã do Tirol italiano.

Com a queda de Napoleão e o Congresso de Viena, em 1816, o então Condado Principesco do Tirol (Gefürstete Grafschaft Tirol) retornou para o domínio austríaco, ao qual permaneceu unido até o final da Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918).

Referências

  1. «Linha do tempo de Andreas Hofer» (em inglês). Tributo a Andreas Hofer. Consultado em 16 de junho de 2011. Arquivado do original em 25 de janeiro de 2010 


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