Almada

Almada
Brasão de Almada Bandeira de Almada

Localização de Almada
Mapa
Mapa de Almada
Gentílico Almadense
Área 70,21 km²
População 177 268 hab. (2021)
Densidade populacional 2 524,8  hab./km²
N.º de freguesias 5
Presidente da
câmara municipal
Inês de Medeiros (PS, 2021-2025)
Fundação do município
(ou foral)
1190 (Rei D. Sancho I)
Região (NUTS II) Área Metropolitana de Lisboa
Sub-região (NUTS III) Área Metropolitana de Lisboa
Distrito Setúbal
Província Estremadura
Orago Santiago
Feriado municipal 24 de junho (São João)
Código postal 2800 Almada
Sítio oficial Câmara Municipal de Almada
Município de Portugal

Almada é uma cidade portuguesa localizada na Área Metropolitana de Lisboa. Tem uma área urbana de 13,98 km2 e 88.202 habitantes[1] em 2021, donde uma densidade populacional de 6.309 habitantes por km2, sendo a 10.° maior cidade do país.

É sede do município de Almada[2], que tem uma extensão de 70,21 km2 e 177.400 habitantes[1] em 2021, com uma densidade populacional de 2.525 habitantes por km2, dividindo-se em cinco freguesias.[3] O município é limitado a leste pelo município do Seixal, a sul pelo município de Sesimbra, a oeste pelo Oceano Atlântico e a norte pelo Estuário do Tejo.

O município recebeu foral de Dom Sancho I em 1190. Juntamente com Lisboa, Sintra e Palmela, é uma das mais antigas divisões administrativas da Área Metropolitana de Lisboa. Almada foi elevada à categoria de cidade em 1973, e no seu município encontra-se também a cidade de Costa da Caparica, cujo estatuto atual lhe foi outorgado no ano de 2004.

Possui como principal ponto de interesse o Santuário Nacional de Cristo Rei.

Geografia[editar | editar código-fonte]

O município de Almada encontra-se no quadrante norte-ocidental da Península de Setúbal. Este tem como limites, a norte, o Gargalo do Tejo; a sudeste, o concelho do Seixal; e a sul, o concelho de Sesimbra. O seu ponto mais ocidental encontra-se na Cova do Vapor e o mais oriental na Base Naval de Lisboa, junto ao Sapal de Corroios. Cacilhas é a localidade mais setentrional do concelho, enquanto que o ponto mais meridional se encontra na zona da Adiça. O ponto mais alto do concelho, na zona do Raposo, eleva-se em 124,4 m.[4]

Quanto ao seu relevo, o concelho divide-se em duas áreas principais: a superfície de aplanação (parte da plataforma de Belverde) e a aplanação litoral.

A superfície de aplanação compreende as zonas entre Trafaria, Almada, Pragal e Caparica até à linha de cumeadas entre a Sobreda e Charneca, sendo delimitada pela Arriba Fóssil da Costa de Caparica e pelas escarpas que confrontam e acompanham o Gargalo do Tejo e os municípios da margem norte do rio (as costeiras ribeirinhas, um dos seus principais elementos da paisagem). Nela, o terreno apresenta-se mais ondulado a nordeste, moderando a sua rugosidade em direção a sudoeste. A cota também decresce para sul e para o interior do concelho (onde se atingem os 60 a 80 m de cota), sendo esta tendência interrompida pela linha de cumeadas LazarimCapuchos (cujas alturas máximas são de 90 a 100 m). A nascente, em direção ao Mar da Palha, as suas cotas descem igualmente até atingirem máximos de 30 a 40 m. Por sua vez, estas escarpas são rasgadas por valas criadas pelas linhas de drenagem que vão desaguar no Tejo.

A segunda corresponde à planície litoral da Costa de Caparica, que não excede os 11 metros de cota altimétrica. Apresenta maior largura a norte, constringindo-se gradualmente em direção a sul. A nascente, é delimitada longitudinalmente pela Arriba Fóssil da Costa de Caparica, que também dimunui de altitude em direção a meridião.[4]

O interstício entre as zonas mais altas do concelho é preenchido por uma zona depressionária marcada pelas principais linhas de água do território de Almada.

Os declives mais elevados encontram-se nas duas arribas já mencionadas. Na Frente Ribeirinha Norte (nas vertentes de Arealva, Cristo Rei, Banática, Montalvão e Porto do Buxo) os declives superam os 50%. No reverso destas, as vertentes são medianamente abruptas e apresentam declives entre 5% e 16%. Entre Cacilhas, Margueira e Cova da Piedade surge uma faixa plana com declives inferiores a 5%, graças às aluviões da Vala do Caramujo e aos aterros aí construídos. A Arriba Fóssil possui declives geralmente superiores a 25%, com troços onde estes superam os 50% e com um perfil quase vertical a norte. No seu sopé, a planície costeira apresenta um declive máximo de 12%, superiores a sul da Foz do Rego devido à existência de dunas. A zona sul da plataforma litoral (Aroeira) apresenta declives insignificantes.

Para o interior (já na superfície de aplanação, numa faixa entre Cacilhas, Pragal, Costas de Cão, Murfacém e Palhais) as encostas aí presentes possuem pendentes de declives muito diversos mas que variam entre médios a acentuados (entre 5% e 16%).

Divisão administrativa[editar | editar código-fonte]

Freguesias do município de Almada.

O município de Almada está dividido em cinco freguesias, que anteriormente à reforma administrativa de 2013 eram onze:[5]

Hidrografia[editar | editar código-fonte]

Relevo e hidrografia do município de Almada.

Almada apresenta um contacto privilegiado com o meio hídrico, devido à presença de vários recursos desta índole: a passagem do Tejo a norte e nordeste, bem como a proximidade ao Estuário do Tejo; a sua extensa costa atlântica; à rede hidrográfica existente; e à presença de dois aquíferos (Miocénico e o Plio-Plistocénico), parte do Sistema Aquífero da Bacia do Tejo-Sado. O seu território insere-se na Região Hidrográfica do Tejo, situando-se na margem esquerda da Bacia do Baixo Tejo. A norte do concelho, a rede hidrográfica adquire especial importância por marcar a orografia desses territórios, sendo que as linhas de festo constituem importantes pontos de vista sobre a cidade de Lisboa e sobre o rio Tejo.

Linhas de água[editar | editar código-fonte]

Em Almada, a dispersão geográfica dos talvegues depende principalmente das características geológicas e morfológicas, dos declives e da capacidade de infiltração das litologias atravessadas. Assim, podem ser agrupados nas seguintes categorias:

  • associados a vales encaixados nas arribas que drenam diretamente para o Tejo;
  • aqueles que atravessam transversalmente o concelho;
  • as linhas de água que drenam para a planície litoral da Costa de Caparica e se infiltram no material arenoso aí existente;

As várias linhas de água que percorrem o concelho apresentam um caudal reduzido e de regime intermitente, alimentados pela precipitação e pelas águas subterrâneas. A densidade e dimensão das linhas de água é maior a norte do concelho, onde a morfologia do terreno e as litologias não permite a infiltração dos escoamentos superficiais. Aqui, percorrem vales mais entalhados e encaixados, que condicionam o seu traçado, visto que o terreno é mais acidentado. São disso exemplo as linhas de água da Frente Ribeirinha Norte, que desaguam no Tejo através de vales bem escavados e perpendiculares ao rio. Já a sul, os leitos das linhas de água são muito pouco encaixados devido, novamente, à morfologia do terreno e percorrem litologias que potenciam a infiltração.

As bacias hidrográficas do concelho encontram-se mais desenvolvidas para o interior do concelho, drenando preferencialmente para o Estuário do Tejo e, excecionalmente, para o Atlântico. Aqui, a rede hidrográfica está condicionada principalmente pelas litologias e pela ação antrópica. Em Almada, foram definidas sete sub-bacias hidrográficas, associdadas aos principais cursos de água:

  • Bacia Marginal Norte
  • Bacia Litoral Oeste
  • Bacia da Vala do Caramujo ou do Alfeite
  • Bacia da Vala da Enxurrada ou da Trafaria
  • Bacia da Vala da Sobreda ou de Corroios e Santa Marta
  • Bacia da Ribeira do Rego
  • Lagoa de Vale de Cavala

A norte, são de relevância as Valas do Caramujo, Guarda-Mor, Sobreda e Regateira; no interior as três últimas; e a sul a Ribeira da Foz do Rego e a Vala da Charneca.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

A designação de Almada pensa-se que possa ser proveniente da palavra árabe المعدن (transliteração:al-ma'adan), «a mina», pelo motivo de que, aquando do domínio árabe da Península Ibérica, os árabes procediam à exploração do jazigo de ouro da Adiça, no termo do concelho.

O Padre António Carvalho da Costa, na página 309 do vol. 3.º da sua "Corografia Portuguesa", obra publicada entre 1706 e 1712, quando se refere à "Vila de Almada", diz que esta: "foi doada por D. Afonso Henriques em 1147. Chamaram-lhe primeiro VIMADEL, que significa "povoação de todos". Depois chamou-se Almada por ser conquistada aos mouros por um cavaleiro deste apelido".

História[editar | editar código-fonte]

Almada Árabe e Cristã — Das origens ao século XVII[editar | editar código-fonte]

As muralhas do Castelo de Almada.

A primeira referência histórica à região de Almada remonta para o período Neolítico, há cerca de 5 mil anos. Este foi um ponto de passagem para comunidades como a Romana, Fenícia e Cartaginesa mas são os árabes que acabam por exercer maior influência na região.

A sua localização na ponta Noroeste da Península de Setúbal, à margem do rio Tejo e em frente a Lisboa, faz desta ao longo dos vários anos ponto estratégico militar para a defesa e vigilância das rotas comerciais da região. O rio Tejo era um cruzamento de embarcações que faziam trocas de mercadorias como por exemplo: farinha, fruta, peixe, vinho, etc. Almada (nomeadamente Cacilhas) era um dos principais portos da Península Ibérica.

Na idade média, em 1147, D. Afonso Henriques, com o auxílio das cruzadas vindas dos países do norte da Europa conquista Almada,[6] uma das principais praças militares árabes a sul do Tejo.

O Santuário Nacional de Cristo Rei simboliza a profunda identidade cristã da cidade de Almada e de todo o país.

Mais tarde, em 1170, D. Afonso Henriques concede-a aos mouros que auxiliaram na conquista e repovoamento da região. Estes detiveram o seu controlo até D. Sancho I a conquistar no ano de 1186 e a atribuir à Ordem de Santiago.

Em 1190, D. Sancho I concede o primeiro foral extensivo a cristãos e homens livres que viviam na vila e seu termo. Este primeiro foral manteve-se praticamente inalterável até ao século XVI.

A 1 de Dezembro 1297, El-Rei D. Dinis negoceia com a Ordem de Santiago e incorpora Almada nos Bens da Coroa em troca de outras vilas a sul do Tejo. Data desta troca a primeira delimitação oficial do território do concelho que abrangia sensivelmente os atuais concelhos de Almada e Seixal.

Em 1384, aquando do Interregno, Almada foi cercada pelas tropas castelhanas de D. João I de Castela. A população refugia-se dentro dos muros do Castelo de Almada onde, impedida de aceder à Fonte da Pipa (principal ponto de abastecimento de água potável), se vê enfraquecida pela sede: os moradores veem-se obrigados a ingerir a própria urina e a amassar pão com vinho.[7] Almada acaba por render-se.

Em 1513, D. Manuel I atribui a Almada novo Foral, que proporciona transformações económicas, sociais e políticas. As primeiras referências da população e das freguesias de Almada começam a ser registadas em documentos cadastrais. O Termo de Almada adquiriu uma expressão significativa aquando da expansão marítima portuguesa, sendo parte integrante da zona de influência económica de Lisboa.

O terramoto de 1755 provocou grandes danos em Almada. Quase todas as casas nobres ruíram, assim como as casas do povo. Milhares de pessoas morreram, ficaram feridas ou desalojadas. O património monumental com séculos de história também ruiu.

Almada Industrializada e Associativa — Do século XIX a 1973[editar | editar código-fonte]

Por volta do século XIX, o concelho de Almada altera-se como consequência de vários tipos de indústria, nomeadamente na área da tecelagem, da indústria naval, moagem e cortiça. Devido à união de duas características como o sector industrial e a disposição geográfica da cidade, Almada tornou-se um ponto de fixação da população.

A 4 de Outubro de 1910 desenvolve-se a antecipação da proclamação da república neste concelho. Sendo dos primeiros concelhos a destacar-se nesta afirmação política.

Em finais dos anos 40 até início dos anos 70, há um aumento abrupto do fluxo migratório devido à procura de emprego e de habitação, criando grandes mudanças no concelho, e consequentemente afetando os transportes, urbanismo e vida sociocultural.

Mar bravio no pontão da Cova do Vapor (com o Forte de São Lourenço e Farol do Bugio ao fundo).

Almada Infraestruturada — De 1974 a 1989[editar | editar código-fonte]

A 21 de Junho de 1973, devido ao desenvolvimento das infraestruturas e à evolução urbanística, Almada passa de vila a cidade — pelo Dec. Lei nº 308/73 de 16 de Junho.

Com o 25 de Abril de 1974, inicia-se uma nova fase na história de Almada. Com o fim do regime ditatorial do Estado Novo os cidadãos passaram a poder organizar-se e discutir os problemas locais.

Em Dezembro de 1976 realizam-se as primeiras eleições autárquicas.

A evolução da cidade e das suas infraestruturas continuam num esforço de cobrir todas as necessidades básicas dos munícipes. Desde a evolução do saneamento básico, à ampliação das redes de água e esgotos, ao desenvolvimento do Ensino, conceção de projetos de intervenção social, até à introdução de arte pública.

Almada Desenvolvida — Década de 90[editar | editar código-fonte]

É na década de 90 a cidade de Almada sofre um importante desenvolvimento ao nível das suas principais infraestruturas: ampliação das principais redes de abastecimento de água e saneamento, incluído as primeiras estações de tratamento de água; investimento nas redes de transportes; expansão da Faculdade de Ciência e Tecnologia, do Instituto Piaget e a entrada em funcionamento do Instituto Superior de Ciências da Saúde e da Escola Egas Moniz.

Tem início a primeira fase de um programa de habitação social, com mais de um milhar de habitações e o realojamento e inserção de famílias.

Na área da mobilidade é a altura da entrada em funcionamento do comboio da ponte e do avanço da luta pelo Metro Sul do Tejo. Os anos 90 correspondem a uma acelerada transformação em todos os campos da vida local, individual e colectiva.

Evolução da População do Município[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes[8]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 2021
10 192 11 896 13 530 15 764 18 076 20 291 23 694 29 546 43 768 70 968 107 575 147 690 151 783 160 825 174 030 177 238

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.)

Número de habitantes por Grupo Etário[9] [10]
1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 2021
0-14 Anos 5 197 6 036 6 435 7 820 9 358 11 078 18 787 27 340 35 248 26 964 22 662 25 583 24 219
15-24 Anos 2 838 3 280 4 228 4 590 5 306 9 159 10 588 16 190 22 387 23 864 21 655 17 667 18 681
25-64 Anos 7 215 7 922 8 706 10 468 12 903 21 169 38 107 57 900 78 169 83 160 89 563 95 055 92 153
= ou > 65 Anos 721 788 819 1 079 1 507 2 104 3 486 6 145 11 886 17 795 26 945 35 725 42 185
> Id. desconh 13 85 211 37 146

(Obs: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente)

Vista panorâmica da cidade de Almada[editar | editar código-fonte]

Panorâmica da cidade de Almada, de sudeste para sudoeste, vista a partir do topo do monumento do Santuário Nacional de Cristo Rei.

Política[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Câmara Municipal de Almada

Eleições autárquicas [11][editar | editar código-fonte]

Data % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V Participação
FEPU/APU/CDU PS GDUP PPD/PSD CDS-PP PCTP/ MRPP AD UDP/BE PPM PRD PAN E PSD/ CDS CH IL A MPT PCP (ml) LCI OCMLP FER PSR PLD PTP
1976 42,59 6 33,73 4 7,12 1 6,20 - 6,01 - 1,25 - 0,53 - 0,13 -
62,30 / 100,00
1979 47,57 6 21,42 2 AD AD 26,30 3 3,25 - AD PSR
73,62 / 100,00
1982 48,96 6 26,02 3 0,45 - 20,06 2 1,83 - 0,13 -
73,70 / 100,00
1985 49,52 6 34,22 4 0,54 - 12,13 1
61,68 / 100,00
1989 39,07 5 33,03 4 21,45 2 1,75 - 1,27 - 0,26 -
53,39 / 100,00
1993 45,34 6 30,02 3 17,76 2 3,71 -
56,68 / 100,00
1997 45,90 6 31,09 4 13,83 1 1,93 - 1,22 - 1,34 - 0,53 -
51,94 / 100,00
2001 41,41 6 27,05 3 17,43 2 4,31 - 2,23 - 2,82 - BE BE
46,81 / 100,00
2005 42,32 6 25,63 3 17,58 2 1,39 - 7,03 - 0,50 -
48,13 / 100,00
2009 38,67 5 23,86 3 15,42 2 5,31 - 4,55 - 7,81 1 0,47 -
48,31 / 100,00
2013 38,73 6 25,72 3 13,93 2 2,48 - 2,20 - 5,36 - 2,32 - 0,51 -
40,53 / 100,00
2017 30,81 4 31,28 4 14,07 2 2,78 - 1,82 - 9,63 1 3,89 - 0,44 - 0,28 -
44,27 / 100,00
2021 29,69 4 39,87 5 CDS-PP PPD/PSD 6,83 1 PSD/CDS 2,29 - 10,71 1 5,63 - 1,97 - PSD/CDS PSD/CDS
46,56 / 100,00

Câmara Municipal[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Câmara Municipal de Almada

O município de Almada é administrado por uma Câmara Municipal composta por 11 vereadores. Em |2017, Inês de Medeiros, do Partido Socialista venceu a câmara de Almada à CDU, que governava o município desde as primeiras eleições pós-25 de Abril.[12] Em 2021, Inês de Medeiros renovou esse mandato.

Eleições legislativas[editar | editar código-fonte]

Data %
PCP PS PSD CDS UDP APU/

CDU

AD FRS PRD PSN BE PAN PSD
CDS
L CH IL
1976 38,46 35,58 8,96 6,37 3,25
1979 APU 23,38 AD AD 4,40 41,54 25,42
1980 FRS 2,93 38,97 27,16 26,06
1983 33,24 14,20 6,02 1,78 40,99
1985 17,67 17,11 4,50 1,82 34,10 21,31
1987 CDU 19,03 35,59 1,94 1,62 28,90 8,31
1991 29,76 36,53 2,72 21,79 0,87 2,75
1995 45,00 20,45 7,60 0,78 21,53 0,15
1999 43,17 19,93 6,20 22,13 0,19 4,34
2002 39,83 26,70 6,79 17,63 5,22
2005 43,90 17,87 5,59 17,42 10,29
2009 35,57 18,57 9,09 17,36 13,12
2011 27,94 27,49 12,32 17,01 6,62 1,65
2015 35,86 CDS PSD 16,32 12,26 2,11 24,76 1,07
2019 38,92 15,81 3,00 14,09 11,87 4,95 1,49 1,54 1,38
2022[13] 45,68 17,48 1,13 9,07 5,99 2,24 1,81 7,42 5,87

Infraestruturas[editar | editar código-fonte]

Educação[editar | editar código-fonte]

O concelho de Almada dispõe de uma ampla rede de estabelecimento que vai desde o ensino pré-escolar ao ensino superior, passando pelo ensino profissional, ensino sénior e escolas noturnas.

Escolas

A rede educativa de Almada é constituída por 129 Escolas (60 da rede pública e 69 da rede privada). Apresenta também ofertas formativas não formais, como a Academia de Música de Almada ou um pólo do Centro de Arte e Comunicação Visual (Ar.Co).

Ensino Superior

Almada é o 2º maior polo universitário da Área Metropolitana de Lisboa, constituída por 4 instituições onde estão inscritos cerca de 12 mil alunos:

Bibliotecas

Almada dispõe da Biblioteca Central, no Fórum Municipal Romeu Correia (1997) que é composta por uma Sala de leitura geral, uma sala Infanto-Juvenil, uma sala polivalente (Sala Pablo Neruda), uma Sala de Audiovisuais, Átrio e Bar.

Em 2009 foi inaugurada, na Freguesia do Feijó, a Biblioteca Municipal José Saramago equipada com várias áreas de distintas valências que vai desde uma área de consulta de periódicos, uma sala polivalente destinada a exposições, conferências ou reuniões até áreas destinadas aos mais novos.

A Biblioteca Municipal José Saramago tem ainda uma área dedicada à multimédia com acesso à internet.

Em 2013 é inaugurada a Biblioteca Municipal Maria Lamas no Monte da Caparica.

Existe também o Arquivo Histórico, com documentação datada desde XVI até XX, disponível para consulta de forma a preservar a memória da história da cidade.

Saúde[editar | editar código-fonte]

Em 1991 é inaugurado o Hospital Garcia de Orta, o único Hospital Público do Concelho de Almada que serve também o concelho do Seixal.

Hospitais:

  • Hospital Garcia de Orta
  • Hospital Particular de Almada

Centros de Saúde:

  • Unidade de saúde Rainha Dona Leonor
  • Unidade de saúde familiar da Cova da Piedade
  • Unidade de saúde Monte de Caparica
  • Unidade de saúde familiar da Sobreda
  • Unidade de saúde familiar São João do Pragal
  • Unidade de saúde da Costa de Caparica
  • Unidade de saúde da Trafaria
  • Unidade de saúde de Santo António
  • Unidade de saúde do Laranjeiro
  • Unidade de saúde Xavier de Noronha
  • Unidade de saúde familiar do Feijó

Saúde privada

  • No sector privado, existe uma ampla oferta de empresas, que prestam cuidados de saúde.

Farmácias

  • O concelho de Almada tem 42 farmácias repartidas pelas 5 freguesias do concelho. Estas farmácias efectuam serviços permanentes.

Instituto:

  • Instituto de Cardiologia Preventiva de Almada

A informação de saúde acima referida, tem por fonte a Janela da Saúde.

Transportes[editar | editar código-fonte]

Farol de Cacilhas e um Cacilheiro, barco que efectua a travessia do rio Tejo da margem de Almada até Lisboa.
O Metro Sul do Tejo.

Almada é servida de uma vasta rede de transportes públicos:

  • Os autocarros são operados pela Carris Metropolitana, salvo por uma carreira da Carris, a 753, que liga o Centro Sul (Estação de Metro da Cova da Piedade) à Praça José Fontana, passando pelo Marquês de Pombal.
    Também a Câmara Municipal de Almada disponibiliza desde 2010[14] um serviço de autocarros, parcialmente gratuito desde 2015[15] e totalmente a partir de 2018,[16] operados pela empresa municipal WeMob (até 2020: Ecalma)[17] sob o nome Flexibus. Até 2022, o serviço da Flexibus contava com duas rotas: uma pelo centro de Almada (Rota de Almada) e outra pelo Monte da Caparica (Rota da Pêra). No entanto, quando a Carris Metropolitana começou a operar em Almada, a rota de Almada foi transferida do serviço da Flexibus para a Carris Metropolitana, passando a ter um número próprio.
percurso obs. datas fontes
A Almada (Pç. Gil Vicente) ↺ Almada Velha subst. 3005 2015-2022 [18][15]
C Casas Velhas ⇆ Costa da Caparica 2024- [19]
P Porto BrandãoPragal Entre 2011 até 2022, circulava entre Flor da Quinta (APPACDM) e o Pragal 2011- [18][20][14]
  • Também conta com uma rede de elétricos em formato de "Y", o Metro Sul do Tejo, que conta com 3 linhas criadas e 19 paragens.
  • Almada conta com uma estação ferroviária, situada no Pragal, servida pelos serviços Intercidades da CP e suburbanos da Fertagus, que fazem ligação de comboio a Lisboa através da Ponte 25 de Abril.
  • Almada conta também com três estações fluviais (Cacilhas, Porto Brandão e Trafaria), todas operadas pela Transtejo com ligações a Lisboa.

Espaços Desportivos[editar | editar código-fonte]

Por todo o Município de Almada existem várias instalações desportivas que permitem a prática de uma grande variedade de modalidades:

  • Pista Municipal de Atletismo
  • Estádio Municipal José Martins Vieira
  • Complexo Municipal dos Desportos Cidade de Almada no Feijó
  • Complexo Municipal de Piscinas na Caparica
  • Complexo Municipal de Piscinas na Charneca de Caparica
  • Complexo Municipal de Piscinas na Sobreda
  • Pavilhão Municipal da Costa de Caparica
  • Pavilhão Municipal do Laranjeiro
  • 80 clubes e coletividades com modalidades desportivas Campos de ténis

(7 municipais e 8 geridos por clubes, associações desportivas e privados)

  • Campos de golfe (2 na Herdade da Aroeira e 1 no Hotel Aldeia dos Capuchos)

Cultura[editar | editar código-fonte]

Espaços Culturais[editar | editar código-fonte]

Em Almada encontram-se vários espaços culturais, museus e monumentos, dos quais podemos destacar o Santuário Nacional de Cristo Rei, uma das principais atrações turísticas a 215 metros acima do nível da água do mar, o Palácio/Casa da Cerca — Centro de Arte Contemporânea, que tem como principal função a divulgação de arte contemporânea (desde 1993), o Museu da Cidade, O Convento dos Capuchos e o Teatro Municipal Joaquim Benite.[21]

Outros espaços culturais e lazer:

Música[editar | editar código-fonte]

Almada tem sido berço de grandes grupos musicais e cantores a nível nacional. Alguns exemplos são as bandas UHF, Da Weasel,Tim (músico) da banda Xutos e Pontapés, Sara Tavares, Braindead, parte dos Noctivagus e mais recentemente, os O'queStrada e parte dos Melech Mechaya.[22]

Personalidades[editar | editar código-fonte]

Escultura de Fernão Mendes Pinto na zona do Pragal, em Almada.

Artistas:

Desportistas:

Outras Áreas:

Património[editar | editar código-fonte]

Almada é conhecida por atracções especiais que são consequência da sua geografia, nomeadamente as praias, a zona ribeirinha e o centro histórico de Almada Velha.

Santuário Nacional de Cristo Rei[editar | editar código-fonte]

Em 1959, a cidade de Almada inaugurou um monumento dedicado ao Sagrado Coração de Jesus que se veio a tornar no actual famoso Santuário Nacional de Cristo Rei. Este santuário forma, na actualidade, o triângulo de ouro da Península Ibérica, em termos religiosos, juntamente com o Santuário de Nossa Senhora de Fátima e com a Catedral de Santiago de Compostela em Espanha. Possui uma vista panorâmica de 360 graus a 215 metros acima do nível do mar, e tornou-se numa visita obrigatória pelos peregrinos cristãos todos os anos. No seu interior existe uma capela dedicada aos confidentes de Jesus e onde se podem venerar as relíquias de São João Eudes, Santa Margarida Maria de Alacoque, Santa Faustina Kowalska e da Bem-aventurada Irmã Maria do Divino Coração.

Convento e Jardim dos Capuchos[editar | editar código-fonte]

Fachada do Convento dos Capuchos na Costa de Caparica.

O Convento dos Capuchos é um antigo convento da Ordem dos Frades Franciscanos Capuchinhos que fica localizado na área da Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica e a partir do qual se pode observar não só a sua extensa costa de praia da Caparica, mas até os arredores, avistando-se dele uma esplêndida paisagem da Costa de Lisboa, do Estoril e de Cascais. Este convento foi mandado edificar por Lourenço Pires de Távora em 1558. Possui ao redor o Jardim dos Capuchos.

Monte da Cruz[editar | editar código-fonte]

O cruzeiro do Monte da Cruz na Charneca de Caparica.

O Monte da Cruz é um famoso outeiro situado na Quinta de Vale do Rosal na localidade de Charneca de Caparica e onde se encontra erigida uma imponente cruz de pedra seiscentista, assinalando às gerações vindouras aqueles que pela sua fé foram martirizados e mortos, decorria o ano de 1570.

De acordo com os registos existentes, o solo deste local encontra-se consagrado desde o século XVI.

O cruzeiro foi colocado neste monte, local onde outrora existira uma das cinco cruzes de madeira que faziam parte do caminho que os religiosos jesuítas percorriam em oração, muitas vezes em ladainhas cantadas. O mesmo aconteceu quando o Padre Dom Inácio de Azevedo aqui se instalou com um esquadrão de noviços para a sua preparação física e espiritual para depois seguirem os caminhos da evangelização do Brasil, os quais se tornaram, mais tarde, em famosos mártires cristãos (conhecidos como "os Quarenta Mártires do Brasil").

Praias[editar | editar código-fonte]

As praias da Costa de Caparica.
O extenso areal da Fonte da Telha.

As extensas praias do concelho de Almada (desde a Costa de Caparica à Fonte da Telha) que abrangem cerca de 13 km de costa, possuem excelentes condições para a prática de desportos de mar como o Surf, o Kit-Surf, Windsurf, Bodyboard. Ao longo das praias existem vários bares e restaurantes que oferecem o melhor da gastronomia local. As praias da Costa da Caparica são as mais conhecidas e frequentadas.

Zona Ribeirinha[editar | editar código-fonte]

Graças à sua localização banhada pelo rio Tejo, torna a zona ribeirinha bastante interessante para quem lá passa. Diversos restaurantes tiram partido da fantástica vista sobre Lisboa e oferecem uma gastronomia típica, tendo como base o os pratos de peixe. A zona de Cacilhas, ponto de embarque para quem viaja de barco entre Almada e Lisboa, é também um ponto de restauração importante do concelho. É aqui, na renovada Rua Cândido dos Reis que se situa o Centro Municipal de Turismo.

Parques e Jardins[editar | editar código-fonte]

Almada também possui um importante conjunto de parques e jardins urbanos, sendo o Parque da Paz o maior e considerado um dos melhores parques do país, concebido pelo Arquitecto Sidónio Pardal, situado no Feijó , tem uma dimensão de 60 hectares. No concelho de Almada existe ainda o Pinhal da Aroeira e o valioso património natural da Mata Nacional dos Medos, ou Pinhal do Rei, localizado em frente ao mar, inserido na Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica que possui 338 hectares.

Outros Parques e Jardins:

Zona Comercial[editar | editar código-fonte]

A 17 de setembro de 2002, foi inaugurado no Feijó, o Centro Comercial Almada Forum. Até então Almada não tinha uma grande superfície comercial, o que veio dinamizar o dia-a-dia dos moradores e visitantes da cidade.

Em 2003 classificado como o melhor centro comercial da Europa tem como preocupação base a proteção ambiental, desenvolvendo atividades e alertando para assuntos desse interesse. Com 248 lojas, 35 restaurantes e 1 hipermercado, associado a um parque de estacionamento gratuito.

Galeria de fotos[editar | editar código-fonte]

Geminações[editar | editar código-fonte]

A cidade de Almada é geminada com as seguintes cidades:[23]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b «INE Censos 2021». Consultado em 5 de setembro de 2021 
  2. Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro: Reorganização administrativa do território das freguesias. Anexo I. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Suplemento, de 28/01/2013.
  3. Diário da República, Reorganização administrativa do território das freguesias, Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro, Anexo I. Acedido a 19/07/2013.
  4. a b Revisão do Plano Director Municipal de Almada. Caderno 2 – Sistema Ambiental. Almada: Câmara Municipal de Almada. 2011 
  5. Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro: Reorganização administrativa do território das freguesias. Anexo I. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Suplemento, de 28/01/2013.
  6. O Padre António Carvalho da Costa, no vol. 2º página 59 da sua "Corografia Portuguesa", obra publicada entre 1706 e 1712, quando aborda Pombalinho, refere-se que: os "Almadas têm a sua origem num cavaleiro inglês, mestre de campo de Guilherme Longa Espada, que veio de socorro a Lisboa, quando El-Rei D. Afonso Henriques a ganhou aos mouros e este rei lhe fez mercê da Vila de Almada, que uns dizem que dele tomou o nome, por se chamar "ALMADÃO", outros que a dita vila deu o apelido". Ainda o documento de confirmação do título nobiliárquico de Conde de Almada a D. Lourenço José Boaventura de Almada, supostamente representante do chefe desses cruzados, quando é nomeado por despacho de Sua Majestade a Rainha D. Maria I, em 29 de Abril de 1793, diz: que deverá usar do Título da Vila de Almada, de que tem o apelido, em honra da memória do Primeiro dos seus Avós, que adoptou como Conquistador e Povoador, pelo Senhor Rei D. Afonso I de Portugal.
  7. Flores, Alexandre M. & Policarpo, António Neves (2009). Cronologia da História da Água e Saneamento em Almada 1.ª ed. Almada: Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Almada. p. 9. ISBN 978-989-96419-0-7 
  8. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  9. INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros
  10. INE - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0011166&contexto=bd&selTab=tab2
  11. «Concelho de Almada : Autárquicas Resultados 2021 : Dossier : Grupo Marktest - Grupo Marktest - Estudos de Mercado, Audiências, Marketing Research, Media». www.marktest.com. Consultado em 27 de dezembro de 2021 
  12. «Os concelhos fundamentais para leitura rápida das autárquicas» 
  13. «Eleições Legislativas 2022 - Almada». legislativas2022.mai.gov.pt. Consultado em 31 de dezembro de 2023 
  14. a b «Plano de Atividades e Orçamento 2010» (PDF). C.M.A. Consultado em 2 de agosto de 2023 
  15. a b «Plano de Atividades e Orçamento 2015» (PDF). C.M.A. Consultado em 2 de agosto de 2023 
  16. «Plano de Atividades e Orçamento 2018» (PDF). C.M.A. Consultado em 2 de agosto de 2023 
  17. «Plano de Atividades e Orçamento 2019» (PDF). C.M.A. Consultado em 2 de agosto de 2023 
  18. a b «Flexibus». C.M.A. Consultado em 22 de janeiro de 2024. Cópia arquivada em 30 de setembro de 2022 
  19. «Flexibus». C.M.A. Consultado em 25 de março de 2024 
  20. «Flexibus». C.M.A. Consultado em 22 de janeiro de 2024 
  21. http://www.m-almada.pt/xportal/xmain?xpid=cmav2&xpgid=genericPage&genericContentPage_qry=BOUI=6397126&actualmenu=4162146
  22. "Na Margem uma historia do rock",(2019),ISBN 978-989-8668-23-3
  23. http://www.anmp.pt/anmp/pro/mun1/gem101l0.php?cod_ent=M2800

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Almada