Acordo Ortográfico de 1931

O Acordo Ortográfico de 1931 foi um acordo firmado entre a Academia Brasileira de Letras e a Academia de Ciências de Lisboa com o propósito de reunificar a ortografia da língua portuguesa, depois da cisão provocada pela Reforma Ortográfica de 1911 em Portugal.

Nos termos do acordo, o Brasil adotaria a ortografia então vigente em Portugal, com alterações propostas pela Academia Brasileira de Letras. Tais alterações seriam aceitas pela Academia de Ciências de Lisboa e decretadas em Portugal, o que terminou não ocorrendo.[1]

O acordo acabou não sendo posto em prática.

Diferenças em relação à ortografia de 1911[editar | editar código-fonte]

  • Não aceitação da escrita de qualquer consoante muda: excetuar
  • Acentuação de oxítonas terminadas em I ou U: tupí,urubú
  • Acentuação de quaisquer proparoxítonas ou paroxítonas "não vulgares" que pudessem suscitar dúvidas de pronúncia: aváro, efébo, pegáda, Setúbal, sánscrito
  • Ausência de acentuação para marcar hiato: ciume e reune, em vez de ciúme e reúne.
  • Falta de menção de acento grave
  • Conservação de H medial em palavras como inhumano, deshabitar, deshonra, rehaver.
  • Supressão do S em palavras como sciência e scisão, passando a ciência e cisão (proposta adotada em 1945)
  • Conservação do ditongo ue em palavras como azues (embora o ditongo oe em anzoes passasse a ói (anzóis), como na ortografia de 1911)
  • Fixação da grafia com Z de nomes próprios oxítonos em português terminando no som /s/: Tomaz, Luiz, Queiroz. Jesus e Paris ficariam excetuados por serem de difícil alteração.

Ver também[editar | editar código-fonte]


Referências

  1. [...]em 1931, por proposta da Academia Brasileira de Letras, assinou-se o primeiro Acordo Ortográfico Luso-Brasileiro, cujas disposições, no entanto, a Academia das Ciências de Lisboa não acatou integralmente, em especial no respeitante às consoantes mudas. - Reformas e acordos ortográficos em Portugal - Ciberdúvidas

Ligações externas[editar | editar código-fonte]