ARMAN

Como ler uma infocaixa de taxonomiaARMAN
Archaeal Richmond Mine Acidophilic Nanoorganisms
Nanoorganismos Acidofílicos Arqueanos da Mina Richmond
Célula ARMAN encontrada numa mina de ferro.
Célula ARMAN encontrada numa mina de ferro.
Classificação científica
Domínio: Archaea
Superfilo: DPANN
Filos

ARMAN (abreviatura de Archaeal Richmond Mine Acidophilic Nanoorganisms ou Nanoorganismos Acidofílicos Arqueanos da Mina Richmond) são arqueias descobertas pela primeira vez nos ambientes ácidos de uma mina do norte da Califórnia (a Iron Mountain Mine). Foram identificados cinco grupos, denominados ARMAN-1 a ARMAN-5, mas novas análises permitiram a sua divisão na ordem Parvarchaeales e no filo Micrarchaeota.[1][2]

Descrição[editar | editar código-fonte]

Esses novos grupos de Archaeapassaram sem deteção numa análise PCR anterior porque os ARMANs exibem várias incompatibilidades com os primers comumente usados para rRNA do gene 16S. Foram detectados posteriormente usando a técnica de sequenciamento shotgun.[3] Os seus genes ARNr 16S diferem entre os três grupos em cerca de 17%. Antes do descobrimento deste grupo de organismos, todas as Archaea encontradas na montanha pertenciam à ordem Thermoplasmatales (por exemplo, o género Ferroplasma).

O exame de diferentes áreas da mina com sondas fluorescentes específicas para grupos ARMAN revelou que estes organismos estão sempre presentes em comunidades associadas à drenagem ácida de mina, que tem pH inferior a 1,5. Normalmente representam uma pequena porcentagem (5-25%) da comunidade microbiana presente. A filtragem das amostras e o exame com microscopia revelaram que são células muito pequenas (aproximadamente 300 nm de diâmetro), possivelmente as menores formas de vida livre existentes na Terra. São simbiontes obrigatórios dos Thermoplasmata.[4]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. GTDB database Nanoarchaeota
  2. Christian Rinke, Maria Chuvochina, Aaron J. Mussig, Pierre-Alain Chaumeil, David W. Waite, William B Whitman, Donovan H. Parks, Philip Hugenholtz (2020). A rank-normalized archaeal taxonomy based on genome phylogeny resolves widespread incomplete and uneven classifications. Biorxiv.
  3. Brett J. Baker, Gene W. Tyson, Richard I. Webb, Judith Flanagan, Phil Hugenholtz and Jill F. Banfield (2006) Lineages of acidophilic Archaea revealed by community genomic analysis. Science. 314,1933-1935. Abstract
  4. «Genomic Expansion of Domain Archaea Highlights Roles for Organisms from New Phyla in Anaerobic Carbon Cycling». Current Biology. 25: 690–701. doi:10.1016/j.cub.2015.01.014 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]