Úrmia

Urmia
Nome local
(fa) ارومیه
Geografia
País
Província
Condado
Urmia County (en)
District of Iran
Central District (en)
Capital de
Urmia County (en)
Azerbaijão Ocidental
Área
42,7 km2
Altitude
1 332 m
Coordenadas
Demografia
População
736 224 hab. ()
Densidade
17 241,8 hab./km2 ()
Funcionamento
Estatuto
cidade do Irão (d)
Geminação
Giresun (a partir de )
Identificadores
Prefixo telefônico
0441
Website
Mapa

Pronunciação


Úrmia, em pársi: ارومیه, pronúncia pársi[oɾumiˈje] (escutar); em azeri: Urmu اورمو ou Urmiyə; curdo: Wirmê / Urmê; em siríaco: ܐܘܪܡܝܐ também transliterado como Oroumiyeh, Orūmīyeh e Urūmiyeh , é a capital da província do Azerbaijão Ocidental, no Irão.

Durante a maior parte da era Pahlevi (1925–1979), a cidade foi chamada, em pársi, رضائیه}}, transliterado como Rezaeyeh, Rezā’īyeh, Rezâiyye ou Rizāiyeh).[1]

Geografia[editar | editar código-fonte]

Segundo o censo de 2006, sua população era de 577 307 habitantes, distribuídos por 153 570 famílias.[2] A população é predominantemente azeri e curda.[3] A cidade está a 1 340 metros de altitude, perto do lago Úrmia.

A cidade está situada em uma planície fértil — a planície de Úrmia —, a oeste do Lago Úrmia e a leste da fronteira turca, margeada por uma cadeia de montanhas.

História[editar | editar código-fonte]

Úrmia é o centro de comércio de uma fértil região agrícola, onde se cultivam frutas, especialmente maçãs e uvas, e fumo. No século IX, já era uma cidade importante e foi sitiada pelos turcos seljúcidas em 1184, sendo depois ocupada várias vezes pelos turcos otomanos.

Úrmia foi a sede da primeira missão cristã americana no Irã (1835). Por volta de 1900, os cristãos (basicamente armênios e assírios) constituíam mais de 40% da população da cidade, mas a maior parte deles fugiu no final da Primeira Guerra Mundial, em 1918.[4] Durante a guerra, os assírios do Irã se haviam armado, sob o comando do general Agha Petros. Este se aproximara dos aliados, ajudando-os a combater os otomanos. O exército de voluntários assírios obteve algum sucesso diante das forças otomanas e de seus aliados curdos, sobretudo em Suldouze (atual Naqadeh), onde 1 500 cavaleiros assírios derrotaram as forças otomanas, muito mais numerosas — com mais de oito mil soldados comandados por Kheiri Bey. Agha Petros também derrotou os turcos otomanos em Sauj Bulak, fazendo-os recuar para Rauandiz. No entanto, as forças assírias no Irã foram imensamente afetadas pela saída da Rússia da guerra e pelo colapso da resistência armada armênia na região. Além de serem numericamente inferiores, as tropas assírias ficaram isoladas e sem suprimentos, e foram cercadas.

Quanto à população civil, durante o inverno de 1915, quatro mil assírios morreram de fome, frio ou doenças, e cerca de mil foram mortos nas aldeias de Urmia. Em 1918, os cristãos que ainda permaneciam em Úrmia — cerca de dezesseis mil — foram massacrados pelos turcos. Aproximadamente mil pessoas foram mortas nas instalações das missões francesa e norte-americana. Cerca de duzentas aldeias próximas foram destruídas.[5][6]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «GEOnet3 - 3077456». Consultado em 24 de novembro de 2011. Arquivado do original em 21 de agosto de 2010 
  2. Censo da República Islâmica do Irã, 2006.
  3. «Orūmīyeh | Iran». Encyclopedia Britannica (em inglês). Consultado em 11 de janeiro de 2021 
  4. The Columbia Encyclopedia, 6ª ed., 2008. "Urmia."
  5. Travis, Hannibal. Genocide in the Middle East: The Ottoman Empire, Iraq, and Sudan. Durham, NC: Carolina Academic Press, 2010, 2007, pp. 237–77, 293–294.
  6. Rev. Joseph Naayem, O.I. Shall this Nation die?