Ópera de Pequim

Ópera de Pequim
Património Cultural Imaterial da Humanidade

Cena da Ópera de Pequim
País(es)  China
Domínios Artes cénicas (música)
Critérios R1, R2, R3, R4, R5
Referência en fr es
Região Ásia e Pacífico
Inscrição 2010 (5.ª sessão)
Lista Representativa

A Ópera de Pequim (chinês simplificado: 京剧; chinês tradicional: 京劇; pinyin: Jīngjù) é uma forma de teatro chinês tradicional que combina música, performance vocal, mímica, dança e acrobacia. Ela surgiu nos anos finais do século XVIII e tornou-se plenamente desenvolvida e reconhecida em meados do século XIX.[1] O formato ficou extremamente popular na corte da Dinastia Qing e passou a ser considerado um dos tesouros culturais da China.[2] A maioria das companhias se localiza em Pequim e Tianjin no norte, e Xangai no sul.[3] Esse tipo de arte também é apreciado em Taiwan, onde é conhecido como Guoju (國劇; pinyin: Guójù). Também se espalhou para outros países como os Estados Unidos e Japão.[4]

A UNESCO integrou a Ópera de Pequim na lista representativa de Património Cultural Imaterial da Humanidade em 2010.[5]

Descrição geral[editar | editar código-fonte]

Um ator da ópera de Pequim.

A ópera apresenta quatro tipos principais de atores. As companhias sempre têm vários representantes de cada tipo, assim como atores secundários e terciários. Com suas elaboradas e coloridas roupas, os atores são os únicos pontos focais do exíguo palco típico da ópera. Eles usam a fala, o canto, a dança e as artes marciais em movimentos mais simbólicos e sugestivos do que realistas. A habilidade dos atores é avaliada segundo o grau de beleza de seus movimentos. Os atores seguem várias convenções estilísticas que ajudam o público a compreender o enredo.[6] As camadas de sentido em cada movimento se expressam em sincronia com a música. A música da ópera de Pequim pode ser dividida nos estilos xīpí (西皮) e èrhuáng (二黄). As melodias incluem árias, melodias de afinação fixa e padrões de percussão.[7] O repertório da ópera de Pequim inclui mais de 1 400 obras, as quais são baseadas na história da China, folclore e, cada vez mais, na vida contemporânea.[8]

Referências

  1. Goldstein, Joshua S. (2007). Drama Kings: Players and Publics in the Re-creation of Peking Opera, 1870–1937. [S.l.]: University of California Press. 3 páginas 
  2. Mackerras, Colin Patrick (1976). «Theatre and the Taipings». Modern China. 2 (4): 473–501. 473 páginas. doi:10.1177/009770047600200404 
  3. Wichmann, Elizabeth (1990). «Tradition and Innovation in Contemporary Beijing Opera Performance». TDR. 34 (1): 146–178. doi:10.2307/1146013 
  4. Rao, Nancy Yunhwa (2000). «Racial Essences and Historical Invisibility: Chinese Opera in New York, 1930». Cambridge Opera Journal. 12 (2): 135–162. 135 páginas. doi:10.1017/S095458670000135X 
  5. UNESCO. «Peking Opera». Consultado em 4 de dezembro de 2018 
  6. Wichmann, Elizabeth (1991). Listening to Theatre: The Aural Dimension of Beijing Opera. University of Hawaii Press. p. 360.
  7. Guy, Nancy A. (1990). "The Appreciation of Chinese Opera: A Reply to Ching-Hsi Perng (in Forum for Readers and Authors)". Asian Theatre Journal. Asian Theatre Journal, Vol. 7, No. 2. 7 (2): 254–259. doi:10.2307/1124341. JSTOR 1124341.
  8. Wichmann, Elizabeth (1991). Listening to Theatre: The Aural Dimension of Beijing Opera. University of Hawaii Press. p.12–16.

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